Cultivar a solidão é algo trabalhoso,
E que, em boa parte do caminho, parece ser indolor,
Mas quando finalmente obtemos o só
É como que espinho de aço em nosso próprio caule.
Não há como voltar ás superfícies do calor
Sem lembrar-se dessa dor
e da sujeira que fica em baixo das unhas
depois de cavado esse buraco.
Amar calado é o mesmo que não amar.
O que dispensa a percepção alheia
nunca existirá,não será .
Amar calado é amar somente a sí
E por-se em piloto automático enquanto sorri.
Quando escrevo essas palavras, que são irrelevantes para o mundo externo,sinto florescer dentro de mim um infinito, sinto que o mundo me vem as mãos.Quando por fim fecho o caderno, além das folhas secas levemente umedecidas pela tinta da caneta,fica também minha alma. Alma essa que se renova no próximo papel.
sábado, 20 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Servidão ao poema.
Cospe uma palavra,
Em meio à sampa,
Que eu venho de uma esquina
e te faço um poema.
Jogues fora uma flor,
Que eu te pinto,
Num poema épico,
Envolta numa batina.
Bote um alumínio,
Numa pequena cena,
Que eu descrevo um aborto.
E isso, será poema!
Do poeta?
Nada sobrou pra falar.
Eu descrevo,invento,
Mas definir...
Por isso,
Dê-me dor ou músculos,
Amores,velórios.
Dê-me à distância, quiçá.
Isso é minha composição.
São pequeninas areias
Mas são quem,
Em meu lugar respira.
Em meio à sampa,
Que eu venho de uma esquina
e te faço um poema.
Jogues fora uma flor,
Que eu te pinto,
Num poema épico,
Envolta numa batina.
Bote um alumínio,
Numa pequena cena,
Que eu descrevo um aborto.
E isso, será poema!
Do poeta?
Nada sobrou pra falar.
Eu descrevo,invento,
Mas definir...
Por isso,
Dê-me dor ou músculos,
Amores,velórios.
Dê-me à distância, quiçá.
Isso é minha composição.
São pequeninas areias
Mas são quem,
Em meu lugar respira.
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