É muito cedo pra sentir saudade
e muito tarde pra dizer passado.
Essa cidade tem a minha cara.
Essa cidade me lembra você.
Essa cidade me lembra vocês,
todos vocês
e me recorda o nós,
que achávamos que seria eterno
e que daçaríamos sempre,nessa valsa de sonhos.
Essa cidade mostra-se dura
e a cada dia mais lúgubre.
Essa cidade roubou e escondeu,
nas fendas de sua memória,
aqueles tempos doces e infantis.
Que saudade de nós
e dessa cidade, que mudou.
Que saudades do recreio,
que se transformou em intervalo
e que agora é um abismo entre nós.
Essa cidade tem um quê de gente
da nossa gente
da nossa memória.
Essa cidade está usando e tempo
pra espionar nossas cores.
Essa cidade bandida,
faz troça de nós.
Nós rimos e deixamos os risos em seu solo.
Solo este que usamos para o atrito sólo de nossas caminhadas e despedidas.
Diário, notícias, crônicas e poemas
Quando escrevo essas palavras, que são irrelevantes para o mundo externo,sinto florescer dentro de mim um infinito, sinto que o mundo me vem as mãos.Quando por fim fecho o caderno, além das folhas secas levemente umedecidas pela tinta da caneta,fica também minha alma. Alma essa que se renova no próximo papel.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Clube da Luta
Estamos presos por um fio de navalha.
As vez o chamamos de medo.
As vezes o chamamoms de solidão.
As vezes o escondemos em segredos.
E as vezes o chamamos de educação.
Estamos habitando um presente inóspito,
onde a liberdade é provisória
e somos tão convincentes
que sorrimos junto à notas promissórias.
Estamos correndo em esteiras
e respirando butano.
Estamos sonhando com o longe
e deletando o presente.
Estamos preso,porém jamais atados.
Estamos negros e nos julgamos errado.
Estamos sujos em pleno vazio.
Estamos mortos e entregues ao frio.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
meu vizinho homem
Algo está me roubando a maturidade
e parece que é a legria.
Essa maturidade que me pedem é tão parecida com tristeza
quanto uma peste.
Algo está me tornando despresível e ignorável
e eu acho que é meu riso insistente.
Parece que se eu não chorar
não poderei acompanhar o verão desse mundoç.
Algo está me tirando de meu eixo
e sem pudor invadindo minhas certezas.
Não conte à ninguém,
mas eu acho que esse "algo "é meu visinho homem.
e parece que é a legria.
Essa maturidade que me pedem é tão parecida com tristeza
quanto uma peste.
Algo está me tornando despresível e ignorável
e eu acho que é meu riso insistente.
Parece que se eu não chorar
não poderei acompanhar o verão desse mundoç.
Algo está me tirando de meu eixo
e sem pudor invadindo minhas certezas.
Não conte à ninguém,
mas eu acho que esse "algo "é meu visinho homem.
sábado, 20 de agosto de 2011
Cultivar a solidão é amar calado.
Cultivar a solidão é algo trabalhoso,
E que, em boa parte do caminho, parece ser indolor,
Mas quando finalmente obtemos o só
É como que espinho de aço em nosso próprio caule.
Não há como voltar ás superfícies do calor
Sem lembrar-se dessa dor
e da sujeira que fica em baixo das unhas
depois de cavado esse buraco.
Amar calado é o mesmo que não amar.
O que dispensa a percepção alheia
nunca existirá,não será .
Amar calado é amar somente a sí
E por-se em piloto automático enquanto sorri.
E que, em boa parte do caminho, parece ser indolor,
Mas quando finalmente obtemos o só
É como que espinho de aço em nosso próprio caule.
Não há como voltar ás superfícies do calor
Sem lembrar-se dessa dor
e da sujeira que fica em baixo das unhas
depois de cavado esse buraco.
Amar calado é o mesmo que não amar.
O que dispensa a percepção alheia
nunca existirá,não será .
Amar calado é amar somente a sí
E por-se em piloto automático enquanto sorri.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Servidão ao poema.
Cospe uma palavra,
Em meio à sampa,
Que eu venho de uma esquina
e te faço um poema.
Jogues fora uma flor,
Que eu te pinto,
Num poema épico,
Envolta numa batina.
Bote um alumínio,
Numa pequena cena,
Que eu descrevo um aborto.
E isso, será poema!
Do poeta?
Nada sobrou pra falar.
Eu descrevo,invento,
Mas definir...
Por isso,
Dê-me dor ou músculos,
Amores,velórios.
Dê-me à distância, quiçá.
Isso é minha composição.
São pequeninas areias
Mas são quem,
Em meu lugar respira.
Em meio à sampa,
Que eu venho de uma esquina
e te faço um poema.
Jogues fora uma flor,
Que eu te pinto,
Num poema épico,
Envolta numa batina.
Bote um alumínio,
Numa pequena cena,
Que eu descrevo um aborto.
E isso, será poema!
Do poeta?
Nada sobrou pra falar.
Eu descrevo,invento,
Mas definir...
Por isso,
Dê-me dor ou músculos,
Amores,velórios.
Dê-me à distância, quiçá.
Isso é minha composição.
São pequeninas areias
Mas são quem,
Em meu lugar respira.
domingo, 10 de julho de 2011
Fiques.
Dê-me de volta
Esse amor que era meu.
Amor esse que era eu própria,
Dê-me pois sou eu.
Tantas noites perdi,
Pensando em como me doaria.
Agora que voltei à mim,
penso quão grande equivoco seria.
Ou melhor, leve-o junto a ti
Pois esse amor já não quero.
Quem sabe um dia não servirá pra salvar-te de ti.
Daqui,do corpo e d'alma jaz,expulso,
esse amor que nunca pode ser nós,
esse amor que nunca foi de uso.
Esse amor que era meu.
Amor esse que era eu própria,
Dê-me pois sou eu.
Tantas noites perdi,
Pensando em como me doaria.
Agora que voltei à mim,
penso quão grande equivoco seria.
Ou melhor, leve-o junto a ti
Pois esse amor já não quero.
Quem sabe um dia não servirá pra salvar-te de ti.
Daqui,do corpo e d'alma jaz,expulso,
esse amor que nunca pode ser nós,
esse amor que nunca foi de uso.
sábado, 9 de julho de 2011
Liandre
Põe-me às sobras desse colo teu
Que eu calo esse meu choro.
Em teu dorso posso eu
Repousar de todo agouro.
Sorri-me tão desprevenida,
Que mal podes perceber,
Que teu riso é fonte infinita
De um intenso prazer.
Dos meus, que também são flores,
És a mais bonita.
Coleciona própria vida e diversos amores.
Conte com a certeza ,de no futuro ter,
Um amanha composto de frutos
Colhidos da beleza de teu ser.
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