domingo, 10 de julho de 2011

Fiques.

Dê-me de volta
Esse amor que era meu.
Amor esse que era eu própria,
Dê-me pois sou eu.


Tantas noites perdi,
Pensando em como me doaria.
Agora que voltei à mim,
penso quão grande equivoco seria.


Ou melhor, leve-o junto a ti
Pois esse amor já não quero.
Quem sabe um dia não servirá pra salvar-te de ti.

Daqui,do corpo e d'alma jaz,expulso,
esse amor que nunca pode ser nós,
esse amor que nunca foi de uso.

sábado, 9 de julho de 2011

Liandre




Põe-me às sobras desse colo teu
Que eu calo esse meu choro.
Em teu dorso posso eu
Repousar de todo agouro.

Sorri-me tão desprevenida,
Que mal podes perceber,
Que teu riso é fonte infinita
De um intenso prazer.

Dos meus, que também são flores,
És a mais bonita.
Coleciona própria vida e diversos amores.

Conte com a certeza ,de no futuro ter,
Um amanha composto de frutos
Colhidos da beleza de teu ser.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Deixe-me amar-te.

Deixe-me amar-te.
Mesmo que às sombra dessa incerteza,
e na certeza de um futuro atroz,
deixe-me amar-te.

Deixe-me ver sua liberdade tingir meus ávidos olhos,
deixe-me ver-te no vapor de um café quente,
enquanto a manhã fria.

Deixe-me descrever nossas experiências
enquanto o sol nos dedilha.
Deixe-me comentar do perfume.
Deixe-me pedir que não sejas de mais ninguém
Deixe-me prender-te dentro de meu egoísmo protetor
Deixe-me abusar do sobreposto amor
Deixe-me à contradição própria de outrora,
deixe-me às sorte deste amor incomum,
deixe-me amar-te. Imploro-te.

Dê-me um sinal, que seja!
E se preciso for rogo-te por Deus e
pelos céus.
Por dois e por nós, deixe-me amar-te.
Se me deixares, prometo que será como ave branca fugida de meu peito.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Doce condutor.

''Entenderam errado.Proibido não é olhar o outro,
é olhá-lo com olhos preconceituosos.Mas essa é tarefa difícil, que tal não olhá-lo?
Assim sobrará espaço pra si, e para os próprios preconceitos.''
Foi como um fio,o único solto de um emaranhado na mente da menina. Sentada nos bancos traseiros do ônibus ela brincava de olhar.
''Constrangedor, chega a ser insultante olhar pessoas. Elas estão ali, corpo,espírito e alma, mas não estão presentes.''
A menina percebeu seu olhar longe,sua presença física,massa espaço, mas e ela? Não estava.Ela estava em trapézios, mente à mente. Do sorriso mais doce até a mais amarga ruga, tudo era um trapézio.
"Então viver é brincar de existir. Tornar-se-á verdade um dia?
Meninas brincam de bonecas e tornam-se mães, mas e se brincam de poetas, tonam-se vivas?"
Talvez,mas o que a menina não se deu conta, é que as meninas mãe, que outrora ensaiavam em bonecas, sabiam o significado puro do que era vida, numa exuberante explosão de sentimentos que ideias jamais poderiam concretizar.O que ela não sabia é que a mente descreve o sol por que primeiro pode senti-lo queimar.A menina não sabe, pois no ônibus ainda está , que o tempo lhe ensinará a ver o que por direito pode tocar.