segunda-feira, 4 de julho de 2011

Doce condutor.

''Entenderam errado.Proibido não é olhar o outro,
é olhá-lo com olhos preconceituosos.Mas essa é tarefa difícil, que tal não olhá-lo?
Assim sobrará espaço pra si, e para os próprios preconceitos.''
Foi como um fio,o único solto de um emaranhado na mente da menina. Sentada nos bancos traseiros do ônibus ela brincava de olhar.
''Constrangedor, chega a ser insultante olhar pessoas. Elas estão ali, corpo,espírito e alma, mas não estão presentes.''
A menina percebeu seu olhar longe,sua presença física,massa espaço, mas e ela? Não estava.Ela estava em trapézios, mente à mente. Do sorriso mais doce até a mais amarga ruga, tudo era um trapézio.
"Então viver é brincar de existir. Tornar-se-á verdade um dia?
Meninas brincam de bonecas e tornam-se mães, mas e se brincam de poetas, tonam-se vivas?"
Talvez,mas o que a menina não se deu conta, é que as meninas mãe, que outrora ensaiavam em bonecas, sabiam o significado puro do que era vida, numa exuberante explosão de sentimentos que ideias jamais poderiam concretizar.O que ela não sabia é que a mente descreve o sol por que primeiro pode senti-lo queimar.A menina não sabe, pois no ônibus ainda está , que o tempo lhe ensinará a ver o que por direito pode tocar.

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