terça-feira, 2 de agosto de 2011

Servidão ao poema.

Cospe uma palavra,
Em meio à sampa,
Que eu venho de uma esquina
e te faço um poema.

Jogues fora uma flor,
Que eu te pinto,
Num poema épico,
Envolta numa batina.

Bote um alumínio,
Numa pequena cena,
Que eu descrevo um aborto.
E isso, será poema!

Do poeta?
Nada sobrou pra falar.
Eu descrevo,invento,
Mas definir...

Por isso,
Dê-me dor ou músculos,
Amores,velórios.
Dê-me à distância, quiçá.

Isso é minha composição.
São pequeninas areias
Mas são quem,
Em meu lugar respira.

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