segunda-feira, 6 de junho de 2011

Anotando calafrios

Andei meio distante de mim, confesso.
Nas prateleiras e paginas, andei esquecendo o encanto desses dias,
Mas ao olhar a janela ,a luz furtada,
Refletida sob o calmo relógio do centro da cidade,
me fez rastejar de costas.
Àquela infância de queixares, aquelas horas rápidas,
desobedeciam impunes a dialética do viver,
entretanto, me deixavam claro os sentidos.
Não era difícil ser borboleta, pois ao acordar simplesmente o era,
Nunca reclamara do café com manteiga, pois refeição simplesmente o era.
Aqueles tempos guardam um segredo,
Que se perde durante a juventude,
e só volta mediante a plenitude do suor frio.
Andei meu distante, mas ando anotando as mudanças e meus calafrios.

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